
Bom dia!
A partir de hoje, toda segunda feira pela manhã eu trarei uma nova edição do nosso DESIGN EM PAUTA. Um giro inspirador e sensível sobre o que está movimentando o mundo da arte, do design e da arquitetura. Sempre com aquele olhar que conecta estética, bem-estar e a construção de um estilo de vida onde férias podem ser vividas diariamente.
Movimento Relevante

3 Days of Design – Copenhaguen
De 18 a 20 de junho o design tomou conta de Copenhaguen. Mais de 500 marcas, estúdios e designers de todo o mundo se espalharam por oito distritos da cidade em uma verdadeira celebração do design como linguagem cultural e expressão de humanidade.
O tema deste ano, “KEEP IT REAL”, é um manifesto que responde a um mundo saturado de filtros, excessos e sobrecarga digital. É sobre trazer sinceridade, beleza tátil e sentido para o morar, colocando as mãos, a matéria e o tempo como protagonistas.
Na Dinamarca, o design não é apenas negócio, mas um princípio democrático, acessível, presente no cotidiano, diferente da ideia de luxo exclusivo que vemos em outras culturas. Esse olhar escandinavo, minimalista, afetivo e profundamente conectado ao bem-estar, dita tendências que dialogam com uma busca global: o conforto na familiaridade dos tempos passados, aliado à sofisticação do presente.
Entre os destaques, a Tekla apresentou uma coleção de roupas de cama bordadas inspiradas em peças de herança, produzidas em Portugal com algodão orgânico e acabamento stonewashed, em uma instalação poética chamada “Romance Moderno”, no Palácio de Charlottenborg.

Outro movimento forte foi a volta de clássicos do design dos anos 60 e 70, reafirmando que o passado tem muito a dizer sobre o futuro:
- O relançamento do banco de Nanna Ditzel, de 1989, pela Fredericia.
- E do sistema de estantes projetado em 1928 por Mogens Koch, um clássico do design funcional escandinavo.
Material Matters faz a primeira edição fora de Londres, marcas focadas em materiais regenerativos, madeira com imperfeições, alumínio reciclado e técnicas de impressão 3D, prova de que a estética sustentável é o novo luxo.

Além disso, o evento Other Circle, inspirado no sucesso da Alcova em Milão, trouxe uma nova energia para o cenário: uma curadoria viva, que mistura design, arte, gastronomia, moda e música. Um formato mais humano, experiencial e conectado, uma tendência clara para os próximos anos.
✨ Estilo em ascensão: autenticidade, design afetivo, simplicidade com alma, peças que carregam história e processos mais manuais e sensoriais (Tão férias, né?)
Artista Destaque

Brian Rideout – arte em aquarela
Em um tempo dominado por imagens digitais e inteligência artificial, o artista canadense Brian Rideout foi convidado pela marca Gubi para reinterpretar suas coleções através de aquarelas.
O desafio: traduzir, na lentidão do pincel e no gesto da mão, a atmosfera que objetos de design criam na vida real. O resultado é uma série de pinturas que capturam a essência, a intimidade e a poesia do morar, um antídoto para um mercado saturado de imagens perfeitas, porém desconectadas da realidade sensível.
Fiquei chocada com o realismo e perfeição dessa pintura, e desenhando aumentar as horas da minha aula de desenho rsrsrs
Legal Saber!


No coração das Montanhas Azuis, na Austrália, surge um exemplo de como a arquitetura pode ser profundamente conectada à natureza e, ao mesmo tempo, resiliente às mudanças climáticas.
A Eco‑House Leura, projetada pelo escritório Marra + Yeh Architects, foi reconhecida como finalista do prêmio Colorbond® Award for Steel Architecture, promovido pelo Australian Institute of Architects. Esse prêmio celebra projetos que se destacam no uso inovador e sustentável do aço na arquitetura, não apenas como material, mas como linguagem de resistência, longevidade e beleza.
O projeto nasce da necessidade de construir uma residência que fosse, ao mesmo tempo, confortável e segura em uma região com alta vulnerabilidade a incêndios florestais. Mas vai além: é um gesto de profundo respeito à ecologia sensível do pântano suspenso que cerca a casa, uma paisagem classificada como Patrimônio Mundial.
Não é apenas uma resposta técnica às mudanças climáticas, mas uma declaração estética e ética sobre como viver de forma mais integrada, sensível e regenerativa.
Seus interiores flexíveis, as soluções inteligentes e a harmonia com a paisagem fazem dela um modelo de como arquitetura, design e bem-estar caminham juntos, não como tendência, mas como necessidade e desejo contemporâneo.
Reflexão da Semana
Em um mundo que acelera, o que na sua casa convida você a desacelerar?